MONTEMOR-O-NOVO
Montemor-o-Novo é uma cidade localizada no distrito de Évora, na região do Alentejo. É conhecida pela sua longa e rica história, que remonta à pré-história, sendo habitada desde tempos antigos. A cidade tem um papel significativo na história de Portugal devido ao seu castelo e à sua importância estratégica ao longo dos séculos.
Durante a ocupação romana, a cidade era conhecida como Castrum Malianum. No entanto, foi com a reconquista cristã que Montemor-o-Novo começou a ganhar maior importância. Em 1160, foi tomada aos mouros, mas só em 1201 é que o rei D. Sancho I a reconquistou definitivamente, conferindo-lhe um foral e ordenando a construção das suas defesas.
O castelo de Montemor-o-Novo, atualmente em ruínas, é um dos marcos mais emblemáticos da cidade, oferecendo vistas panorâmicas sobre a vasta paisagem alentejana. Dentro das muralhas do castelo, encontram-se vestígios de igrejas e edifícios que testemunham o desenvolvimento da cidade ao longo dos séculos.
Montemor-o-Novo também desempenhou um papel relevante durante o reinado de D. Manuel I. Foi aqui, em 1496, que o rei decidiu organizar a expedição que resultaria na descoberta do caminho marítimo para a Índia, uma decisão que marcaria profundamente a história de Portugal e da exploração global.
A cidade mantém um equilíbrio entre o seu passado histórico e a tranquilidade da vida rural, sendo um local ideal para quem procura relaxar e conectar-se com a história e a natureza.
O Vinho na Nossa Região
A história da vinha e do vinho no Alentejo remonta aos diversos povos que ocuparam a região ao longo dos séculos. Fenícios, gregos e romanos, grandes conhecedores das técnicas agrícolas, foram os responsáveis por expandir a cultura da vinha e do vinho nesta região. A influência dos romanos foi particularmente importante para o desenvolvimento da viticultura alentejana, deixando vestígios dessa atividade no concelho de Montemor-o-Novo até aos dias de hoje.
O clima mediterrânico, com os seus verões quentes e secos, desempenha um papel fundamental no cultivo da vinha a sul do Tejo. Existem mais de 4.000 variedades de uvas catalogadas em todo o mundo, e no Alentejo, além das castas nativas, várias outras adaptaram-se de forma exemplar às condições climáticas e geográficas da região.
A região vinícola do Alentejo está subdividida em oito sub-regiões, onde se produzem vinhos DOC (Denominação de Origem Controlada), sendo Montemor-o-Novo parte da sub-região de Évora. O concelho de Montemor tem registado um crescimento significativo na sua área de produção de vinha, resultando em vinhos de excelente qualidade, tanto brancos como rosés e tintos. Estes vinhos destacam-se pela sua exuberância aromática, sendo redondos, suaves e com um sabor único, ideais para acompanhar a rica gastronomia tradicional de Montemor.
As Castas
O Alentejo, com as suas condições ideais de solo e clima, tem-se afirmado como uma das principais regiões vinícolas de Portugal, onde estas castas produzem vinhos que refletem a autenticidade e o carácter da região, cada garrafa trazendo consigo um pouco da história e da tradição alentejana.
Entre as castas brancas mais cultivadas na região, encontram-se a Antão Vaz, conhecida pela sua frescura e corpo, o Arinto, que oferece excelente acidez, o Fernão Pires, rico em aromas florais, e o Roupeiro, que confere notas frutadas e delicadas.
Nas castas tintas, destacam-se o Alfrocheiro, de cor intensa e taninos suaves, o Alicante Bouschet, com a sua estrutura robusta, o Aragonez, famoso pela sua versatilidade, e o Castelão, conhecido pela sua longevidade. Além disso, o Cabernet Sauvignon, Syrah, Touriga Nacional e Trincadeira são castas amplamente cultivadas, oferecendo vinhos que variam desde os mais complexos e estruturados até os mais suaves e frutados.